Infelizmente ainda temos 9,6% da população com 15 anos ou mais analfabeta. A revelação está no último censo realizado (2010), divulgado este ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São quase 14 milhões de brasileiros que ainda não sabem ler e escrever.
Aos números mencionados acima, podemos adicionar as centenas de milhões de "analfabetos funcionais", pessoas que sabem ler e escrever uma frase simples, mas não vão muito além disso. Por exemplo, não sabem preencher um formulário, interpretar um artigo de jornal.
Portanto, nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas da sociedade. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. Assim, para além de codificar e decodificar sons e letras, é preciso ser capaz de entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos sociais.
Talvez, mais do que nunca, a melhor definição de alfabetização seja do nosso grande educador Paulo freire: "A alfabetização é mais, muito mais, que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta de conhecimento".
Nenhum comentário:
Postar um comentário